Esta notícia nos leva a fazer uma viagem exploratória à volta do mundo para conhecer as aberturas na crosta terrestre que se impõem pelo seu risco e periculosidade, principalmente para a memória da humanidade.
Esta viagem no tempo nos permite descobrir os três cenários vulcânicos que mais mortes têm gerado e que, claro, vivem na memória coletiva.
Localizado na Ilha de Sumbawa, na Indonésia, a erupção desse vulcão, registrada em 10 de abril de 1815, foi a catástrofe mais destrutiva de sua época e trouxe consigo consequências climáticas. Este evento está em primeiro lugar na lista, devido ao número de mortes que causou.
Estima-se que entre a explosão, as rochas tóxicas e as ondas de gás, o vulcão Monte Tambora tirou a vida de 90 mil pessoas. Além disso, a quantidade de enxofre liberada na estratosfera foi tão impressionante que a névoa percorreu milhares de quilômetros entre os Estados Unidos e a China.
"Erupções vulcânicas em ilhas podem causar o deslocamento de um grande volume de água e a geração de ondas de tsunami extremamente destrutivas", informa a Organização das Nações Unidas (ONU). E foi exatamente isso que aconteceu em 26 de agosto de 1883 pelo vulcão Krakatoa, também localizado na Indonésia.
Posteriormente, a caldeira do vulcão foi destruída. Mas, segundo as estatísticas das Nações Unidas, um novo vulcão nasceu no local durante o ano de 1927, que recebeu o nome de Anak Krakatoa, que significa "filho de Krakatoa".
"Esta é uma das maiores aberturas da Terra que existem e está em estado ativo", explica a Agência Espacial Europeia (ESA). Localizado no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, esse vulcão entrou em erupção há 640 mil anos.
É enorme! Sua caldeira tem 75 km de comprimento e 45 km de largura. Foi classificado pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da istração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) como "um super vulcão, cuja erupção cataclísmica seria capaz de mergulhar o mundo em uma catástrofe e levar a humanidade à beira da extinção". O JPL aponta que essas superexplosões são muito raras, já que em 2,1 milhões de anos, o vulcão Yellowstone teria registrado apenas três erupções.
O vulcão Popocatépetl, localizado entre os estados de Puebla e Morelos, no centro do México, causou enorme aflição entre seus cidadãos porque se tornou ativo durante o mês de maio de 2023.
Segundo o monitoramento do Centro Nacional de Prevenção de Desastres do Governo do México (Cenapred), na quarta-feira, 19 de julho "foram detectadas 67 exalações de baixa intensidade acompanhadas de vapor d'água, gases vulcânicos e, ocasionalmente, pequenas quantidades de cinzas". A entidade acrescenta que “além disso, foram registados 162 minutos de tremor de alta frequência (tremor) de baixa a média amplitude”.
Atualmente, o vulcão Popocatépetl está em alerta amarelo na fase 2. Por isso, é recomendável não escalar o vulcão, devido aos fragmentos incandescentes que são lançados por suas explosões.