Uma das coisas que mais se fala nessa década quando o assunto é exploração espacial é sobre a viagem até Marte. Só nesse século, diversas agências espaciais conseguiram colocar sondas no planeta vermelho e o próximo o é levar humanos até lá. Um dos motivos para Marte ser de interesse de exploração espacial é sua proximidade e por ser um ambiente bem melhor do que Vênus, nosso outro vizinho.
O problema de levar humanos até Marte tem diferentes camadas sendo uma delas a distância média de 225 milhões de quilômetros. Uma viagem até Marte pode levar de 6 a 9 meses que é uma viagem muito longa considerando radiação do espaço e a falta da gravidade natural da Terra. Além disso, a própria infraestrutura para montar em Marte e manter a segurança dos astronautas é um desafio por si só devido às condições do planeta.
Diversas agências espaciais e até empresas como a SpaceX e a BlueOrigin tem estudado formas de levar humanos até Marte nas próximas décadas. Entre elas, a NASA está no processo de tentar resolver o problema da viagem muito longa. A ideia é usar energia nuclear para propulsão espacial reduzindo a viagem de meses até o planeta. O nome do projeto é MARVL e tem como fonte a propulsão elétrica nuclear.
Marte é o quarto planeta do Sistema Solar e um dos vizinhos da Terra junto com Vênus. Por causa da sua coloração avermelhada por causa do óxido de ferro em seu solo, ele é chamado de planeta vermelho. Assim como os quatro primeiros planetas, Marte é rochoso e possui montanhas assim como o maior vulcão do Sistema Solar que é chamado de Monte Olimpo e também o Valles Marineris que um vale mais profundo que o Grand Canyon.
As sondas colocadas em Marte tentam responder perguntas sobre o ado do planeta como a existência de vida e de água. Hoje sabemos que Marte possui calotas polares semelhantes a Terra e que é possível que exista água congelada. Sua atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono e o planeta tem temperaturas médias de -63°C.
Apesar das diferenças dos planetas e da dificuldade de manter vida em Marte, diversas empresas e agências tem como objetivo levar humanos até Marte. A principal dificuldade é a distância entre a Terra e Marte, que varia de acordo com as órbitas de ambos os planetas. O ponto mais próximo entre os planetas ocorre apenas a cada 26 meses tornando difícil uma viagem de ida e volta para Marte em curto período de tempo.
Manter astronautas por 4 anos no espaço, esperando o ponto mais próximo para ida e volta, é um desafio quando se trata de segurança e sobrevivência. Durante o tempo no espaço, os astronautas não possuem a proteção natural da Terra contra raios cósmicos e radiação solar. Além disso, estar longe da gravidade terrestre por muito tempo pode ser perigoso para humanos principalmente quando voltam à Tera.
Para resolver o problema da demora da viagem e diminuir o tempo dos astronautas no espaço, a NASA tem estudado diferentes formas de acelerar as naves. Um sistema de propulsão eficiente poderia diminuir a viagem de ida e volta para apenas 2 anos. Com esse objetivo, pesquisadores do Centro de Pesquisa Langley da NASA estão trabalhando em um sistema de propulsão nuclear elétrica.
A ideia por trás desse sistema é utilizar um reator nuclear para gerar eletricidade, que ioniza gases propelentes e cria empuxo. O problema é que o sistema precisaria ser montado no espaço. O projeto ficou conhecido como Modular Assembled Radiators for Nuclear Electric Propulsion Vehicles (MARVL) e teria que ser montado roboticamente em órbita, principalmente pelo seu sistema de dissipação de calor que teria tamanho de campo de futebol.
A NASA possui outros projetos com o objetivo de acelerar e tornar possível a viagem de ida e de volta até Marte, além de manter uma estrutura no planeta. Empresas como SpaceX, fundada por Elon Musk, também tem projetos que pretendem levar humanos a Marte nas próximas décadas. Um dos projetos é a Starship, uma nave espacial reutilizável projetada para transportar cargas e ageiros para destinos como a Lua, Marte e além.
O objetivo da SpaceX é tornar os voos espaciais íveis e criar uma espécie de "backup" para a humanidade. Esse “backup” seria de presença humana na Lua e em Marte. Além da Starship, outros projetos da SpaceX desenvolvendo sistemas que usariam recursos presentes em Marte para fabricar combustível necessário. O combustível seria usado para manutenção da colônia em Marte e para uma possível volta à Terra.
Nuclear Electric Propulsion Technology Could Make Missions to Mars Faster