O projeto europeu Meteosat lançou recentemente, seu novo satélite que deve aumentar a precisão de previsões meteorológicas, especialmente tratando-se de tempestades intensas. O Meteosat-12 saiu da Guiana sa em um foguete Ariane para iniciar uma nova era da previsão do tempo.
Os dados adquiridos com suas tecnologias de última geração, prometem aumentar a capacidade de rastrear o surgimento de tempestades de alta magnitude. A decolagem do Ariane da cidade de Kourou, ocorreu as 17:30 (20:30 GMT), com o Meteosat-12 ejetado pouco mais de meia hora depois.
En unos meses podremos empezar a disfrutar y analizar imágenes así de espectaculares en Europa con el lanzamiento del Meteosat Tercera Generación.
— J. J. González Alemán (@glezjuanje) October 11, 2022
Supondrá un revulsivo en la observación de la atmósfera y los fenómenos meteorológicos.pic.twitter.com/i4GvGTB8jH
Segundo a equipe da Eumetsat, organização intergovernamental que istra os satélites meteorológicos da Europa, levará algum tempo para colocá-lo corretamente na posição 36.000 km acima do equador, e pode levar até um ano para que suas observações sejam totalmente integradas aos modelos de previsão. Mas uma vez que isso seja alcançado, os benefícios devem se tornar óbvios.
A Europa tem sua própria espaçonave meteorologia posicionada bem acima do planeta desde 1977. O novo gerador de imagens que acabou de subir é a terceira iteração da série.
As agências acreditam que o fato de ter uma câmera será um benefício para o chamado “nowcasting”, que é a capacidade de rastrear e prevenir eventos perigosos iminentes. Isso porque o raio é um marcador de rajadas de vento violentas, chuvas intensas e granizo.
Yesterday, @NOAA's #GOESEast satellite watched the launch of Europe's Meteosat Third Generation-Imager 1 (MTG-I1) satellite from French Guiana.
— NOAA Satellites (@NOAASatellites) December 14, 2022
In this visible imagery, you can see the quick exhaust plume streak by from the rocket. pic.twitter.com/dxI2fd5DQt
Há muito tempo é possível rastrear raios a partir de suas emissões de radiofrequência, mas são em grande parte raios do ar para o solo, e 90% dos raios são na atmosfera ou intranuvem.
O Meteosat-12 retornará uma imagem completa do clima abaixo dele a cada 10 minutos, cinco minutos mais rápido do que atualmente. Ele será capaz de ver características ainda menores na atmosfera, de até 500 metros de diâmetro, e visualizá-las em mais comprimentos de onda de luz.
Agências nacionais de previsão, como o Met Office do Reino Unido e a Meteo , verão um grande salto na quantidade de dados que recebem.
O novo instrumento Meteosat está definido para ser um divisor de águas. Melhorando o controle sobre a ocorrência de raios totais, algo essencial caso seja necessário prever operações de helicóptero no Mar do Norte, por exemplo. Da mesma maneira, se houver matérias perigosos sendo descarregados de aeronaves, até mesmo para a segurança dos ageiros.
Antes disso, em 2024, uma espaçonave de sondagem será lançada para coletar amostras da temperatura e umidade da atmosfera. Com satélites de substituição já encomendados para o primeiro trio de trabalho, a Europa tem cobertura garantida até a década de 2040.
Entretanto, esse recurso não sai barato. Os estados membros da Agência Espacial Europeia (ESA), financiaram a pesquisa e o desenvolvimento no valor de 1,4 bilhão de euros, e as nações da Eumetsat estão arcando com os custos contínuos estimados em 2,9 bilhões.
O lançamento deste satélite garantirá a continuidade dos dados para previsão do tempo a partir da órbita geoestacionária pelos próximos 20 anos, e aprimora significativamente os recursos atuais do gerador de imagens de raios quase em tempo real - uma nova capacidade para os satélites meteorológicos europeus.
Além disso, as observações feitas pelos satélites MTG apoiarão o desenvolvimento de produtos e serviços que podem fornecer grandes contribuições para combate a incêndios, previsões de qualidade do ar, controle de tráfego aéreo, missões de busca e salvamento, redução de riscos de desastres, produtividade agrícola, gerenciamento marinho e costeiro, produção de energia sustentável, e muito mais.