Muito tem se falado sobre as mudanças climáticas nos últimos anos, mas não custa relembrarmos o que significa este termo. ‘Mudanças climáticas’ refere-se a transformações de longo prazo nos padrões de temperatura e clima de uma região, as quais estão se intensificando por fatores como a queima de combustíveis fósseis, que libera gases de efeito estufa (GEEs) na atmosfera.
As consequências das mudanças climáticas são várias, como tempestades mais severas, eventos climáticos extremos mais frequentes, aumento da seca, entre outros.
E embora as mudanças no clima já sejam uma realidade em praticamente todo o planeta, algumas regiões são mais susceptíveis aos seus efeitos. Acompanhe abaixo que regiões são estas, citadas no sexto relatório do Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgado em 2023.
Primeiramente, precisamos falar sobre como é identificada uma região vulnerável. Para isso, é feita uma análise de riscos detalhada, avaliando três aspectos: ameaça, exposição e vulnerabilidade.
A ameaça refere-se às chances de ocorrência de eventos extremos em uma certa região, como inundações, secas ou tempestades, bem como a intensidade de tais eventos. O fator exposição analisa a densidade populacional, localização geográfica, uso do solo e infraestrutura para identificar o grau de exposição da população de uma região em relação a isso.
E por fim, a vulnerabilidade de uma área é avaliada através da susceptibilidade dos sistemas expostos a danos, incluindo o grau de impacto esperado e a habilidade de responder e se adaptar.
De forma geral, as áreas mais suscetíveis às consequências das mudanças climáticas são:
- Regiões costeiras e ilhas pequenas: devido ao aumento do nível do mar; exemplos: Ilhas Maldivas, Tuvalu e Bangladesh.
- África subsaariana: devido às secas frequentes, ondas de calor e inundações.
- Sul da Ásia: devido a inundações, ciclones e ondas de calor; exemplos: Índia, Paquistão e Nepal.
- Sudeste asiático: devido a ciclones tropicais, inundações e aumento do nível do mar; exemplos: Filipinas, Vietnã e Indonésia.
- Ártico: devido ao derretimento do gelo marinho e ao degelo do permafrost.
- América Central e Caribe: devido a furacões, ao aumento do nível do mar, a secas extremas e inundações.
- América do Sul tropical: vulnerável a secas extremas e incêndios florestais.
- Regiões áridas e semiáridas: devido a secas severas, ondas de calor e desertificação; exemplos: Sahel, Oriente Médio e partes da Austrália.
E para minimizar esses efeitos das mudanças climáticas, a sociedade (bem como os governantes) deve adotar duas linhas estratégicas: a mitigação, reduzindo as emissões dos GEEs para tentar evitar (se possível) ou diminuir a sua influência no clima; e a adaptação, buscando reduzir os efeitos danosos e explorando possíveis oportunidades.
Quais regiões do planeta são mais vulneráveis às mudanças climáticas?. 19 de janeiro, 2025. Bárbara Therrie.